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O Cinema como Inserção Cultural dos Idosos

Quando ouvimos falar de envelhecimento ativo, os temas que nos vêm logo à mente são atividade física, alimentação saudável e atividade cognitiva não é mesmo? 

Pouco se ouve falar que participar de atividades culturais tem tudo a ver com envelhecimento ativo. E, dentre as atividades culturais, podemos destacar a linguagem do cinema e do teatro que podem propiciar momentos de discussão e reflexão sobre nossa vida, nossa história e nos trazer conhecimento e aprendizado.

Existem várias iniciativas no sentido de buscar em filmes questões que podem ser trabalhadas e atividades que podem ser realizadas pelos participantes a partir do conteúdo do filme. Na linguagem do ensino se utiliza muito o termo aprendizagem significativa que tem a ver com dar sentido ao aprendizado e relacionar com a nossa vida e isto se dá, principalmente, participando de forma ativa do processo.

Quando aplicamos esse conceito de aprendizado e utilizamos filmes como ferramenta, conseguimos ir além do assistir só por assistir, ou seja, só achar “legal” ou “chato”, pois essas são só impressões que simplesmente saem na água do banho!

Nós já participamos da elaboração de projetos de exibição de filmes, principalmente de curtas-metragens, que são mais fáceis de serem trabalhados. Sua duração é em torno de 20 minutos, portanto, os encontros não ficam cansativos.

Em geral os filmes escolhidos tratam de relacionamentos, de sentimentos, trazem questões sociais que mostram os preconceitos em relação à velhice e às pessoas mais velhas, mas também trazem coisas boas como relação entre avós e netos, viagens, amor na 3ª. idade.

Por meio dos filmes se busca provocar discussões, ouvir relatos e, principalmente, propor atividades que devem ser realizadas para o próximo encontro. Em geral, pode-se pedir para que as pessoas tragam fotos de viagem, cartões postais, álbuns de família, objetos que são relíquias deixadas por avós, cartas de amor antigas, histórias de imigração.

Isso tudo faz parte do que chamamos acima de aprendizagem significativa, pois deixa marcas e permanece. Gosto de muito de citar o que uma escritora chamada Fátima Dowbor diz: quem educa marca o corpo do outro. é assim que sentimos esse trabalho com o cine-atividades.

Nem é preciso pensar muito sobre os ganhos em termos de resgate de memórias, capacidade de lembrar e contar histórias, desenvolvimento de linguagem, interação social e da pessoa se sentir importante perante o grupo.

Ao término do semestre estamos todos modificados, sem dúvida para melhor.

Para finalizar deixamos uma frase de Rosália Duarte que complementa e ilustra nosso tema de hoje: “Precisamos de ficção tanto quanto precisamos da realidade. Embora não possamos viver em um mundo de fantasias, temos necessidade de sair um pouco do mundo do real para, justamente, aprender a lidar com ele.”

Por Eva Bettine, Thais Bento Lima e Tiago Nascimento Ordonez.

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